segunda-feira, 4 de abril de 2011

• O Encontro •

E um dia, andando na rua, Amelie encontra Nino.
Nino, um jovem rapaz, carregava em si a felicidade de uma criança, era luz, sol, tinha um par de olhos que iluminavam qualquer lugar.
Amelie não estava bem, com tanto problema no mundo, tanta gente morrendo, essa pequena salvadora não poderia estar diferente. Todo dia, Amelie acordava com o coração triste, sentia sua alma pesada, queria ver pessoas sorrindo, mas ao ligar sua televisão, nossa pequena adoecia um pouco mais.
Nino tinha o brilho que Amelie precisava, para não se afogar em amargura.
Quis o destino, as forças do universo, o cosmo, as aranhas radioativas ou qualquer homem-morcego-voador, que os dois pudessem cruzar os olhares.

Amelie ficou cega com tanta luz.
Nino sentiu paz, aquela que buscava.
Estavam ali, intrigados com tudo isso. Eles foram apresentados, esquentaram o corpo com algumas doses e falaram sobre tudo que poderia ser falado.
Amelie havia tomado sua primeira dose de amor.
Nino estava sentindo o mundo mais leve.
Não se sabe o que aconteceu naquele momento, mas era mais forte que as bagagens e a falta de sorte de outrora.

Aquela noite, Amelie foi embora cantando, dançando na chuva, sem medo.
Queria gritar para todo o bairro que havia encontrado o que lhe faltava, queria correr em direção ao mar, queria abraçar uma criança, se jogar na lama.
Já não estava mais sufocada, Nino, rapaz de bom coração, conseguiu devolver à moça a leveza das coisas, dando-lhe com um doce beijo, um sopro de vida.